Sweet Art Candy Kitchen de Bellingham mantém o chocolate chegando

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Ao longo do último quarto de século, o centro de Bellingham passou por muitas mudanças. Muitas empresas, pessoas – e até edifícios inteiros – surgiram e desapareceram. Mas uma pequena loja ao longo da Railroad Avenue resistiu ao teste do tempo, desafiando a recessão, a pandemia e qualquer outra coisa que aparecesse no seu caminho.

Sweet Art Candy Kitchen - uma loja de chocolates e arte que produz calda fresca, trufas, tartarugas e caramelos - tem sido o orgulho e a província de Jerry e Vivian Hruska desde 1998.

O casal, agora com 70 anos, mudou-se de Laguna Beach, Califórnia, para Bellingham, em 1992, em busca de um clima mais fresco. Jerry é um chocolateiro com meio século de experiência, e Vivian pinta telas grandes e pequenas como artista.

“Temos um bom produto e clientes fiéis”, diz Vivian sobre a longevidade da loja. “Não fazemos publicidade. Sempre foi de boca em boca.”

Sweet Art Candy Kitchen é, paradoxalmente, fácil e difícil de perder: seu pequeno espaço fica entre uma próspera loja de waffles e uma oficina de conserto de sapatos. Mas sua vitrine inclui uma placa de metal acima da porta onde se lê “CHOCOLATE”, uma bengala gigante de madeira para doces de um lado e um grande logotipo apresentando uma paleta de artista com vários doces no lugar de manchas de tinta.

No interior, as paredes são cobertas com obras de arte de Vivian e muitas novidades, incluindo uma cabeça de Tiranossauro Rex segurando uma bola de pipoca na boca.

As prateleiras são enfeitadas com itens mais exclusivos: um esqueleto de plástico, completo com mão de gancho, perna de pau, tapa-olho e bandana, fica em cima de um armário alto cheio de chocolates moldados em forma de dinossauros, pinguins, galinhas, cabras, gatos e vários raças de cães. No ombro esquerdo do esqueleto está um esqueleto ainda menor.

A principal atração da loja, claro, são suas caixas de doces antigas, que transbordam de chocolates de todos os formatos e tamanhos.

Existem bambeenies de caramelo, barras de arco-íris, moicanos (fudge coberto com nozes), gralhas de noz-pecã, chapeleiros malucos, porcos-espinhos e outros espécimes de nomes exclusivos. Há chocolates que parecem baleias orcas, corujas e porcos, estes últimos guardados em um pequeno chiqueiro branco. São chocolates brancos, ao leite e amargos, além de pedaços de frutas mergulhados em chocolate.

Perto da frente da loja, exemplos de tamanhos de caixas de presente ficam abaixo de um busto de Medusa, com uma exposição de caramelos ingleses e tchecos nas proximidades. A última variedade, com chocolate amargo e avelãs, é uma homenagem ao sobrenome de Jerry e à herança tcheca.

Jerry cresceu no oeste das Montanhas Rochosas e se formou no ensino médio em Billings, Montana, antes de ingressar na Marinha dos Estados Unidos. Seu amigo queria ingressar na Força Aérea, mas Jerry o convenceu a gastar um centavo para decidir em qual ramo eles ingressariam.

Jerry queria servir seu país como cozinheiro, mas seu alto QI o levou a passar algum tempo a bordo de um porta-aviões especializado em eletrônica durante a Guerra do Vietnã. Quando ele saiu, com apenas quatro anos, ele usou a conta do GI para cursar a faculdade na Califórnia e, finalmente, foi parar em Seal Beach.

Lá, uma senhora idosa que ele chamava de “vovó”, junto com outro fabricante de doces idoso, mostrou a Jerry os meandros da fabricação de doces. Ele finalmente comprou da vovó uma loja de 3,6 x 3,6 metros por US$ 1.

Em 1976, Hruska abriu sua própria loja de doces em Laguna Beach, Califórnia. Lá ele conheceu Vivian, que administrava uma loja de materiais de arte. Jerry vinha todos os dias comprar um lápis de cor como desculpa para conversar com Vivian. Quando finalmente se casaram, aconteceu em uma capela drive-thru em Las Vegas.

O negócio de Hruska decolou, a ponto de ele fabricar centenas de tartarugas de chocolate sete dias por semana e enviar doces para longe da Califórnia. Ele também apareceu em uma foto do Los Angeles Times de 1978; uma cópia dele está pendurada acima da porta dos fundos de seu espaço de trabalho de fabricação de chocolate, que inclui uma grande placa de resfriamento de mármore para estender calda de chocolate e outras guloseimas.

Quando os Hruskas decidiram mudar-se para o norte em 1992, visitaram os amigos da irmã de Jerry em Portland. Os amigos sugeriram se estabelecer em La Conner. Embora gostassem bastante, uma curta viagem para o norte, até Bellingham, selou sua tomada de decisão.